quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ícone (pintura)







Ícone (pintura)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ícone, termo derivado do grego εἰκών, (eikon, imagem), no campo da arte pictórica religiosa identifica uma representação sacra pintada sobre um painel de madeira.
O ícone é a representação da mensagem cristã descrita por palavras nos Evangelhos. Se trata de uma criação bizantina do século V, quando da oferta de uma representação da Virgem, atribuída pela tradição a São Lucas. Quando da queda de Constantinopla em 1453, foi a população dos Bálcãs que contribuiu para difundir e incrementar a produção desta representação sacra, sendo na Rússia o local onde assume um significado particular e de grande importância. O simbolismo e a tradição não englobam somente o aspecto pictórico, mas também aquele relativo à preparação espiritual e aos materiais utilizados.
O maior pintor russo de ícones foi Andrei Rublev.

Características gerais
O ícone era pintado sobre um painel de madeira, geralmente larice ou abeto. Sobre a superfície aplainada era feito o desenho e começava-se a pintura pela aplicação do dourado, geralmente nas bordas, detalhes das roupas, fundo e resplendores ou coroas. Então se pintavam as roupas, construções e a paisagem de fundo. A última etapa era a aplicação do branco puro na face e mãos. O efeito tridimensional era alcançado misturando ocre ao branco e aplicando essa tinta mais escura nas maçãs do rosto, nariz e testa. Uma fina camada de verniz avermelhado dava o sutil acabamento final a lábios, face e ponta do nariz. Um verniz marrom era usado no cabelo, barbas e detalhes dos olhos.
A produção de ícones religiosos era considerada uma arte nobre, que necessitava grande preparação técnica e espiritual. O pintor precisava se purificar de corpo e alma para conseguir a perfeição, achava-se que o divino operava pela mão do pintor, então era inoportuno assinar a obra.

O simbolismo das cores e letras
Como na maioria das representações sacras, a cor no ícone assume uma importância fundamental para expressar a intenção do pintor. O azul é a cor da transcendência, mistério divino. O vermelho, sem dúvida a cor mais viva presente nos ícones, é a cor do humano e do sangue dos mártires. O verde é usado como símbolo da natureza, da fertilidade e da abundância. O marrom simboliza o terrestre, o humilde e pobre. E finalmente o branco é a harmonia, a paz, a cor do divino que representa a luz que se avizinha.
Muitos ícones trazem a inscrição ICXC, forma grega abreviada de Cristo. Também Ø O N, significando ‘’aquele que é’’, aparece nas auréolas. Maria é freqüentemente identificada com MP OU, madre partena.
A compreensão do significado do ícone pode ser difícil para a ótica da cultura ocidental. Como a pintura impressionista e a arte abstrata, são representações de emoções, de características que não podem ser estabelecidas pelo cânone. Para um artista deste gênero, a luz é uma manifestação divina, não existe o meio tom. Daí a abundancia do dourado: a luz é divina.

História
Após a legalização do cristianismo pelo imperador Constantino e sua posterior adoção como religião oficial do império por Teodósio I, a arte cristã começou a mudar, não somente em qualidade e sofisticação, como também em natureza, pelo fato dos cristãos estarem livres pela primeira vez para exprimir sua fé sem as restrições judaicas dos primeiros tempos ou das religiões pagãs do império, que os perseguiram. Pinturas de mártires e seus feitos começaram a aparecer, e a habilidade de imitar a vida causou efeitos duradouros nos novos senhores da fé imperial. É desssa época a primeira representação mencionada da mãe de Jesus, em cerca de 460, quando a esposa de Teodósio II enviou uma imagem da Mãe de Deus de Jerusalém, supostamente pintada por São Lucas.

São Miguel, Museu Cristão e Bizantino, Atenas
Os ícones mais antigos, como os preservados no Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina, são de aparência realista, em contraste com a estilização posterior.

Período iconoclasta e posterior restauração
No século VIII, as autoridades do Império Bizantino mudaram totalmente o uso dos ícones, e uma proibição pelo imperador Leão III e seu filho Constantino V durou muitos anos, o chamado período iconoclasta, até ser revogada por um concílio e ser restaurado pela Imperatriz Teodora. Restaurou-se e ampliou a veneração.
Não existem muitos representantes da iconografia de Constantinopla, pelas destruições sistemáticas, sejam pelos iconoclastas, pelas cruzadas ou pelos muçulmanos que tomaram a cidade. Mas não restam duvidas que foi a partir do século XII que o culto e a produção de ícones se tornou regra no império, recebendo os melhores e mais ricos materiais e sendo introduzidos nas praticas eclesiásticas. O estilo se tornou severo, hierárquico e distante.

Após a queda de Constantinopla
Ao fim do Império Bizantino em 1453, fugindo da invasão muçulmana, a tradição das pinturas foi levada para as regiões previamente influenciadas por Constantinopla: Veneza no ocidente, os Bálcãs e a Rússia ao norte e os restos da cultura que falava grego, principalmente Creta no Mediterrâneo.
Em Veneza, onde se fundou uma Escola de São Lucas, um tipo de guilda de pintores de influência bizantina, existem referências a encomendas de pinturas no modelo bizantino, e no restante da Itália, pronta para o apogeu do Renascimento, essa influência foi logo superada por Tiziano, Leonardo, Mantegna e outros mestres que levaram a pintura a outro patamar. Creta especializou-se na pintura de painéis, facilmente transportáveis, dentro da iconografia da igreja ortodoxa. Desenvolveram habilidade em vários estilos, para agradar a vários patrões, e mantiveram a atividade até ceder aos turcos.
Mas foi com certeza na Rússia que o ícone se tornou um objeto de importância ímpar, venerado em igrejas, mosteiros e residências, que costumavam ter vários ícones numa parede ou canto, chamado ‘’krasny ugol’’. Existe um rico e elaborado simbolismo religioso associado aos ícones. Nas igrejas russas, a nave é separada do sanctus por uma parede de ícones chamada ikonostas. A confecção e o uso de ícones entrou na Rússia por Kiev, a seguir à sua conversão ao cristianismo ortodoxo em 988. Como regra geral, estes ícones seguem estritos modelos e fórmulas consagrados pelo uso, alguns originados em Constantinopla. Com o passar do tempo, os russos alargaram o vocabulário de tipos e estilos.

Oração (Sl 63,2) todas as línguas e nações!


Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada,
onde não há água. S. 63.

Boże, Ty Boże, Ciebie szukam;Ciebie pragnie moja dusza,
za Tobą tęskni moje ciało,jak ziemia zeschła, spragniona, bez wody (Ps 62 (63)

Боже, Ти си мой Бог; от ранина те търся; Душата ми жадува за Тебе, плътьта ми те ожида, Въ една пуста, изнурена и безводна земя. Псалм 63 (62)

Божа! Ты Бог мой, Цябе я шукаю ад золку; Цябе прагне душа мая, па Табе маё цела тужыць у зямлі пустой, высахлай і бязводнай.

يا الله الهي أنت. إليك أبكّر. عطشت إليك نفسي يشتاق إليك جسدي في ارض ناشفة ويابسة بلا ماء.المزامير 63 (62)

Bože, Ty Bože, Tebe hledám;Po Tobě touží má duše, K Tobě stýská mé tělo, Jak seschlá země, žíznivý, bez vody. Žalm 63 (62)

Dieu, Toi Dieu, c’est Toi que je cherche, c’est Toi que mon âme désire, mon corps s’ennuie de Toi, comme la terre desséchée, assoiffée, sans eau. Ps 63 (62)

Dios, Tú Dios, Te busco, Te quiere mi alma, Te añora mi cuerpo, como tierra seca, sedienta, sin agua. Salmo 63 (62)

Dumnezeule, pe tine te caut Pe tine te doreste sufletul meu
De tine ii este dor corpului meu Ca pamintul uscat ,care isi doreste apa.


Bože, ó Bože, hľadám Ťa, za Tebou prahne moja duša,
za Tebou túži moje telo, ako vyschnutá, pustá zem bez vody. Ž 63 (62)


Боже, Ти Боже, Тебе шукаю; Тебе жадає моя душа,
За Тобою тужить моє тіло, Як засохла земля, спрагнена, без води. Пс 63(62)

Isten, én Istenem, pirkadatkor már előtted virrasztok. Téged szomjaz a lelkem, utánad sóvárog a testem, puszta, úttalan, víztelen vidéken. Zsolt.63 (62)

O Dio, tu sei il mio Dio, io ti cerco dall’alba; di te è assettata l’anima mia, a te anela il mio corpo languente in arida terra, senz’acqua. Salmo 63 (62)

God, you are my God. I will earnestly seek you.
My soul thirsts for you. My flesh longs for you, in a dry and wary land,
where there is no water.
Ps 63 (62)

O Bog, moj Bog si ti, željno te iščem,po tebi žeja mojo dušo;
moje telo medli po tebi na suhi, izčrpani zemlji brez vode.
Ps 63 (62)

Gud, du er min Gud,som jeg søker.
Min sjel tørster etter deg,mitt legeme stunder etter deg
i det øde, tørre,vannløse land Salme 62 (63)


神啊!你是我的神,我要切切的寻找你;在干早乏无水之地, 我渴想你,
我的心切慕你. 诗篇第六十三篇(一)。



Um retrato - Madre Tereza






















O irmão Roger escreveu estas linhas em homenagem à Madre Teresa quando ela foi beatificada, em 2003.
Vivemos num mundo onde coexistem a luz e as trevas. Através da sua vida, a Madre Teresa convidava a escolher a luz. Ela abriu deste modo um caminho de santidade para muitas outras pessoas. A Madre Teresa tornou acessíveis estas palavras que Santo Agostinho escreveu, quatro séculos depois de Cristo: «Ama e di-lo com a tua vida». Antes de mais, é quando a confiança em Deus é vivida que ela se torna credível e se comunica.
Tive várias vezes a oportunidade de conversar com a Madre Teresa. Era possível, com frequência, discernir nela reflexos da santidade de Cristo. No Verão de 1976 a Madre Teresa visitou Taizé. A nossa colina estava cheia de jovens, vindos dos mais diversos países. Escrevemos juntos uma oração: «Ó Deus, Pai de cada ser humano, tu pedes a todos nós que levemos o amor aonde os pobres são humilhados, a reconciliação aonde os homens estão dilacerados, a alegria aonde a Igreja é abalada… Tu abres-nos este caminho para que sejamos fermentos de comunhão em toda a família humana.»
No mesmo ano, fui viver durante algum tempo, com alguns dos meus irmãos, entre os mais pobres de Calcutá. Ficámos instalados perto da casa da Madre Teresa, num bairro pobre, barulhento, repleto de crianças, em que a maioria da população era muçulmana. Fomos acolhidos por uma família cristã, cuja casa se encontrava numa encruzilhada de ruelas, pequenas lojas e modestas oficinas. A Madre Teresa vinha frequentemente rezar connosco. À tarde, por vezes pedia-me para a acompanhar nas visitas aos leprosos, que já só esperavam a morte. Ela procurava apaziguar as suas inquietudes.
Por vezes a Madre Teresa tomava iniciativas muito espontâneas. Um dia, quando regressávamos de uma visita aos leprosos, disse-me no carro: «Tenho um pedido a fazer-lhe. Diga-me que sim!» Antes de lhe responder, tentei saber do que se tratava, mas ela repetia: «Diga-me que sim!» Por fim explicou: «Diga-me que doravante trará o hábito branco durante todo o dia. É um sinal necessário nas situações do nosso tempo.» Eu respondi: «Está bem. Vou falar com os meus irmãos e sempre que possível porei o hábito.» Então pediu às suas irmãs para me fazerem um hábito branco e ela própria quis coser uma parte.
A Madre Teresa tinha uma atenção especial pelas crianças. Sugeriu-me que fosse todas as manhãs a uma casa para crianças que não tinham esperança de sobreviver, com um dos meus irmãos que é médico, para tratarmos das que estavam mais doentes. Desde o primeiro dia, reparei numa menina de quatro meses. Disseram-me que ela não teria forças para resistir aos vírus do Inverno. E a Madre Teresa disse-me: «Leve-a para Taizé. Lá ela poderá receber o tratamento de que precisa.»
No avião, durante a viagem de regresso a França, a criança, chamada Marie, não estava nada bem. Quando chegámos a Taizé, pela primeira vez ela começou a tagarelar como uma criança feliz. Nas primeiras semanas, dormia muitas vezes ao meu colo enquanto eu trabalhava. Depois, pouco a pouco, foi recuperando as forças. Foi então viver numa casa próxima da nossa. A minha irmã Geneviève, que anos antes tinha acolhido outras crianças em Taizé como se fossem seus filhos, recebeu-a em sua casa. Sou o seu padrinho de baptismo e tenho por ela um amor de pai.
Alguns anos mais tarde, a Madre Teresa voltou a Taizé num domingo de Outono. Durante uma oração, expressámos juntos uma preocupação que hoje permanece actual: «Em Calcutá há sítios visíveis onde as pessoas morrem, mas, em numerosos países, há muitos jovens que se encontram em sítios invisíveis onde as pessoas também morrem. Estão marcados por fracturas, por rupturas afectivas ou pela inquietação em relação ao seu futuro. Neles, a inocência da infância ou da adolescência foi ferida por situações de ruptura. Alguns deles, desanimados, questionam-se: Para quê viver? A vida ainda terá sentido?»
Com dois dos meus irmãos, fui a Calcutá para participar nas suas exéquias. Queríamos dar graças a Deus pela sua vida oferecida e cantar com as suas irmãs, em espírito de louvor. Junto do seu corpo, lembrava-me que tínhamos em comum esta certeza: a comunhão com Deus estimula a aliviar o sofrimento humano. Sim, quando ajudamos outras pessoas nas suas provações é Cristo que encontramos. Não é ele que nos diz: «O que fizerdes aos mais pequeninos é a mim, Cristo, que o fazeis»?

O que significa evangelizar?






















Nos tempos atuais tão marcados pelo marketing, começamos a duvidar daqueles que nos prometem algo de bom. Neste contexto, o verbo «evangelizar» do Novo Testamento pode trazer-nos algum receio. Temos vergonha de propor a nossa a fé a outra pessoa, como se estivéssemos a tentar vender algo. E estamos tão preocupados em respeitar os outros que não queremos dar a impressão de que tentamos impor as nossas ideias ou convencê-los, especialmente quando se trata de uma questão tão íntima como a da confiança em Deus. Mas será que sabemos realmente o que o Novo Testamento quer dizer com «evangelizar»?
Em grego, o verbo é utilizado para resumir a expressão «anunciar boas notícias»: alguém que é «evangelizado» é, basicamente, alguém a quem «foi dado a conhecer». Pode ser usado para anunciar um nascimento, um armistício ou um novo líder. Não tem, por si só, um significado religioso. No entanto, e apesar de ser quase um lugar comum, foi esta a palavra escolhida pelos cristãos para descrever o aspecto mais precioso da sua fé: o anúncio da ressurreição de Cristo. O que é interessante é que, gradualmente, a palavra perdeu o seu complemento. Não se dizia «dar a conhecer a alguém a ressurreição de Cristo» mas, simplesmente, «evangelizar alguém». Além de ser para poupar tempo, o desaparecimento do complemento tem também um significado mais profundo.
Para os cristãos, proclamar a Boa Nova da ressurreição de Cristo não é falar de uma doutrina que deve ser decorada ou de qualquer aspecto sapiencial para ser meditado. Acima de qualquer outra coisa, evangelizar significa ser testemunha de uma transformação que ocorre dentro do ser humano: pela ressurreição de Cristo já se iniciou a nossa própria ressurreição. Ao mostrar um respeito infinito por todos aqueles que encontrou (visível nas curas que encontramos nos Evangelhos), ao assumir o lugar mais baixo para que, desse modo, ninguém pudesse estar abaixo dele (é o significado do seu batismo), Jesus Cristo devolveu valor e dignidade a cada pessoa. Mais do que isso, Jesus esteve conosco na morte para que nós passássemos estar perto dele na sua comunhão com o Pai. Com esta «admirável permuta de dons» (liturgia da Páscoa), descobrimos que somos plenamente aceitos em Deus, plenamente acolhidos por ele, tal como somos. Os cristãos dos primeiros séculos resumiram tudo isto dizendo: «Deus tornou-se homem para que o homem se pudesse tornar Deus!»
Evangelizar não significa portanto, em primeiro lugar, falar de Jesus a alguém, mas, a um nível muito mais profundo, fazer com que essa pessoa perceba o valor que tem para Deus. Evangelizar é comunicar estas palavras de Deus que surgem cinco séculos antes de Cristo: «És precioso aos meus olhos, eu estimo-te e amo-te» (Isaías 43,4). Desde a manhã de Páscoa, sabemos que Deus não hesitou em dar-nos tudo, para que nunca nos esqueçamos do nosso valor.
Podemos «evangelizar» alguém ao mesmo tempo que respeitamos a sua liberdade?
Fazer com que as pessoas percebam o seu valor para Deus não é uma opção. S. Paulo chega mesmo ao ponto de dizer «Ai de mim, se eu não evangelizar!» (1 Coríntios 9,16). Para S. Paulo, a evangelização surge como a consequência direta da sua ligação a Cristo. Pela sua ressurreição, Cristo une-nos a Deus de um modo inseparável. Mais ninguém se pode sentir excluído desta união. E, ao mesmo tempo, a humanidade já não se encontra fragmentada: desde a ressurreição, pertencemos uns aos outros.
No entanto, a questão mantém-se: como podemos anunciar essa Boa Nova a quem não conhece nada de Deus e parece nada esperar de Deus?
Primeiro do que tudo, pela nossa própria ligação a Cristo. S. Paulo disse: «Vós revestiste-vos de Cristo» (Gálatas 3,27). A evangelização apela a que comecemos por nós próprios. É, sobretudo, com a nossa vida, e não com palavras, que damos testemunho da realidade da ressurreição: «Assim posso conhecê-lo a Ele, na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos, conformando-me com Ele na morte, para ver se atinjo a ressurreição de entre os mortos» (Filipenses 3,10-11). É pela nossa certeza, pela nossa alegria serena em saber que somos amados por toda a eternidade, que Cristo se torna credível aos olhos daqueles que não o conhecem.
Porém, há situações em que as palavras são necessárias. S. Pedro diz isso muito bem: «Estai sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça» (1 Pedro 3,15). É claro que falar de um amor íntimo requer muita sensibilidade e, por vezes, é difícil encontrar as palavras corretas, especialmente em situações em que a fé é fortemente posta em questão. Jesus tinha consciência disso e disse aos seus discípulos: «Quando vos levarem (…) às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, pois o Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer» (Lucas 12,11-12).
Porque Cristo se revestiu da nossa humanidade e nós nos revestimos de Cristo, nunca deveríamos ter medo de não saber como falar. A vocação cristã de acolher todos sem discriminação, em detrimento de escolher apenas aqueles que amamos, tem em si uma generosidade que é tocante e, mais do que isso, que cobre o outro com a vida de Cristo. Enquanto servos, partilhamos o nosso manto com aqueles a quem servimos, à semelhança do próprio Cristo que, quando lavou os pés dos seus discípulos, «tirou o manto» (João 13,4). É, acima de tudo, a gratuidade dos nossos atos que falará por nós e que dará autenticidade às palavras que proferimos
.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Apressai a Vinda do Senhor pela Evangelização!





Moysés Louro de Azevedo
Fundador da Comunidade Católica Shalom
Mantido o tom coloquial

E a partir disso, vamos conversar um pouco sobre evangelização. Eu só gostaria de iniciar depois de termos muitos motivos para evangelizar. Por que evangelizamos? Eu não queria dar apenas um motivo, mas, entre tantos, eu gostaria de eleger cinco motivos que nos motivam a evangelizar. Com certeza nós temos mais do que cinco motivos para evangelizar, mas eu gostaria de hoje, centralizarmo-nos nestes cinco motivos para que nos animemos para evangelizar. 1º motivo è: Por que evangelizamos? Um motivo é um caso, que é essencial. Eu convido você a ler nas Sagradas Escrituras este motivo. Abram o Evangelho de São Marcos, capítulo 16. Que todos vocês trouxeram Bíblias, é claro. Vamos ler o 1º motivo pelo qual nos devemos evangelizar. Capítulo 16,15 ... diz assim: “Ide por todo o mundo proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo, e o que não crer será condenado. Estes são os sinais que acompanharam aos que tiverem crido: em meu nome expulsarão demônios, farão em novas línguas, pegão em serpentes e se beberem algum veneno mortíferos nada sofrerão; imporão a mão sob os enfermos e estes serão curados. Ora, o Senhor Jesus, depois de lister falado, foi arrebatado ao céu e sentou-se a direita de Deus. E eles sairão a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confimando a palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.” Este é o 1º motivo que eu e você, devemos, precisamos, necessitamos evangelizar. Quem é discípulo de Jesus? Eu também sou. É exatamente, por isso que devemos evangelizar. Este é o primeiro motivo pelo qual todo discípulos de Jesus, todo aquele que segue a Jesus. Existe sobre ele uma ordem, um imperativo para evangelizar; porque foi o próprio Jesus que deu esta ordem. Ele reuniu os seus discípulos antes de subir ao céu, ressuscitado depois de passado a morte; e disse “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”, ou seja, ele esta dizendo, se você é meu discípulo, se você experimentou o meu amor. E experimentando o meu amor resolveu aceitar a salvação na sua vida, e aceitando a salvação na sua vida, você decidiu seguir-me. Se você é meu discípulo, então você deve ser um evangelizador. Porque aquela missão que realizei, quando estava no meio de vós, agora vos envio para continuar esta missão, para ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura. Esta missão é uma característica do discípulo de Jesus. Porque, Jesus diz “Não basta disser Senhor, Senhor, para entrar no reino do céu. É preciso fazer a vontade do Pai”. É preciso obedecer, fazer a vontade de Deus. E ai esta uma manifestação claríssima da vontade de Jesus, de vontade de Deus no evangelho. Ele ordenou. Isto se chama a grande missão, Jesus deu a grande missão aos seus discípulos deles serem potencialmente evangelizadores, deles serem com a sua vida e com a sua palavra, anunciadores da Boa Nova. O que é ser anunciadores da Boa Nova? É dizer que o Pai nos ama, que o Pai enviou Jesus Cristo. Sermos testemunha que o Pai enviou Jesus Cristo; que Jesus Cristo, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou e esta vivo. E é capaz de mudar as vidas, porque transformou a minha vida. Um discípulo, um cristão é uma testemunha. E essa é uma primeira característica do discípulo de Jesus. Se você não é uma testemunha de Jesus, se não testemunha com sua vida e com as suas palavras que o Pai nos ama, que Ele enviou Jesus. Que Jesus morreu por amor na cruz, morreu na cruz por amor a nós, e que Ele ressuscitou e esta vivo e dá o seu Espírito Santo e pode transformar as vidas. Como eu disse, ‘olha a minha vida Ele me transformou, eu sou a testemunha dele`. Se você não faz isso, se você não segue esta ordem de Jesus, você não pode se intitular cristão, porque o cristão é uma testemunha, é alguém que encontrou Jesus, é alguém que deixou penetrar na sua vida a graça de Jesus, é alguém que viu Jesus, não viu com os olhos da carne, mas viu com os olhos da fé, é alguém que tocou Jesus, não tocou com as mãos do corpo, mas tocou com as mãos da fé e por isso teve o choque da sua ressurreição que tocou e mudou a sua vida e mudou de tal forma que ele sente a necessidade de testemunhar ao seu redor, de testemunhar na sua família, de testemunhar no deu trabalho, e não só isso, de se reunir como Igreja, de se reunir como Comunidade para juntos evangelizarmos, testemunharmos, porque evangelizar é testemunhar, testemunhar que Jesus está vivo, que mudou a minha vida e que também pode mudar a vida daquele que nós evangelizamos. E este é o primeiro e essencial motivo por que cada um de nós, todos nós devemos evangelizar e ninguém, atenção, ninguém está dispensado desta ordem de Jesus, ninguém e por nenhum motivo para não de evangelizar, porque se algum dia você tiver algum motivo para não evangelizar você está dando motivo para não der cristão e para você não viver a sua fé, porque a nossa fé cristã está ligada, essencialmente, com o seu testemunho, até aquele que jaz em uma cama, moribundo, pode e deve evangelizar com a sua vida, com o seu olhar, com sua morte, a sua passagem na fé em Deus, confiante e em paz em Deus. Cada um de nós é chamado a evangelizar, porque foi o próprio Jesus que disse: “Ide!”, e Ele não só disse: “Ide!”, porque conhece a nossa limitação, Ele conhece a nossa fraqueza, Ele sabe que nós somos feitos de barro, Ele sabe que nós somos cheios de preconceitos, Ele sabe que nós somos cheios de temores humanos, mas quanto a isso Ele diz duas coisas no Seu Evangelho. Em uma, Ele chamou a atenção a respeito disso, em outra Ele deu uma resposta, uma solução para a nossa fraqueza. Uma coisa que Ele chamou a atenção, Ele disse: “Aqueles que me negarem diante dos homens, aqueles que se omitirem de testemunharem meu nome diante dos homens, Jesus diz: “Eu não os reconhecerei diante do Pai”. Dominique chamou a atenção, gravemente, a respeito desses preconceitos, desses respeitos humanos, “Aquele que se envergonhar de mim diante dos homens, eu não os reconhecerei diante do Pai”, isso é grave! Quantas vezes nós temos vergonha de testemunhar Jesus Cristo? Quantas vezes nós até escondemos a cruz, que talvez portamos? Quantas vezes nós temos vergonha de trazer as nossas Bíblias nas mãos? Talvez muitos aqui não trouxeram a Bíblia porque vieram do trabalho, e qual o motivo para não levarem a Bíblia para o trabalho? Quantas vezes nós temos vergonha de, no meio da maré, no meio do rio onde todo mundo vai por um lado, dizermos que estamos nadando para o outro, porque somos discípulos de Jesus, porque somos cristãos? Jesus lançou um alerta, disse: “Aqueles que se envergonharem de mim diante dos homens, eu não os reconhecerei diante do meu Pai”. E como Ele sabe que nós somos muito pendentes a isso, porque nós somos pecadores, Ele deu uma solução do outro lado, Ele disse: “Mas olhem, eu estarei com vocês. Não tenham medo, quando vocês se apresentarem diante dos reis, diante dos tribunais, quando vocês se apresentarem diante dos inquisidores, diante das pessoas que me rejeitam, que me resistem, que me perseguem, não tenham medo, não tenham vergonha, eu vou mandar o meu Espírito Santo.Na sua fraqueza, o meu Espírito Santo pode manifestar a fortaleza. No seu limite, o meu Espírito Santo pode fazer maravilhas. Na sua ignorância, o meu Espírito Santo manifestará sabedoria. Não tenham medo quando vocês estiverem diante dos grandes, ou diante daqueles que resistem ao meu nome, porque eu mesmo falarei por vocês”. E nesta parte do Evangelho que agente leu diz: “Eu estarei convosco. Eu estarei convosco até o fim, até o último dia. Eu estarei convosco e eu confirmarei a vossa palavra por meio de sinais”. Veja meu irmão, veja minha irmã, nós não temos nenhum motivo para não evangelizarmos. Primeiro pela grande graça que é a que nós vamos testemunhar, segundo, porque se nós temermos, se nós tivermos vergonha nós podemos pedir o auxílio do Espírito Santo, e o Espírito Santo virá sobre nós, e o Espírito Santo falará por nós, e mais ainda, a nossa palavra terá poder, a nossa palavra terá eficácia, porque Ele estará conosco confirmando a nossa palavra por meio de sinais. Não deve ruir toda tentação do demônio, do inimigo que muitas vezes fica nos cegando e nos impedindo de evangelizar. Para aquele que evangeliza no Senhor, a evangelização, entenda o que eu vou dizer, sempre será fecunda. Não existe fracasso naquele que evangeliza em nome do Senhor, porque mesmo que lhe resistam, porque mesmo que lhe rejeitem, porque mesmo que lhe neguem, a força da sua evangelização semeará sementes de vida, de graça para aquele que escuta. Jogará no seu coração e no tempo certo, e na hora de Deus, essa semente brotará e dará frutos magníficos e maduros. Primeiro motivo pelo qual nós devemos evangelizar é porque o Senhor mandou, porque o Senhor ordenou aos Seus discípulos: “ Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura!” Diga isso para pessoa que está do seu lado. Diga o primeiro motivo que ela deve ter para evangelizar. Amém! O segundo motivo pelo qual nós devemos evangelizar, o segundo motivo que eu quero dar para vocês e que está no At 2. Abram comigo! Diz nos Atos dos Apóstolos: “Tendo se completado o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar, de repente, veio do céu um ruído como um agitar-se de um vendaval impetuoso que encheu toda casa onde se encontravam. Apareceram-lhes, então, línguas como de fogo que se repartiram e repousaram sobre cada um deles, e todos ficaram cheios do Espírito Santo e, começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito lhes concedia.” Vamos para o versículo 14: “Pedro então, pondo-se de pé em companhia dos Onze, com voz forte lhes disse: ‘Homens da Judéia e vós todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às minhas palavras.’ Aí está o segundo motivo, entre muitos pelo qual nós devemos evangelizar. Nós lemos a passagem dos Atos dos Apóstolos e esta passagem nos fala de que? De Pentecostes! Da vida do Espírito Santo! E veja bem, o que foi que o Espírito Santo fez? O Espírito Santo veio sobre o apóstolos, e como agente diz no seminário, aqueles homens estavam lá, trancados lá dentro do Cenáculo, com medo. Aqueles homens que estavam com medo dos judeus, temendo Ter o mesmo fim que o seu mestre teve, Jesus, temendo serem mortos, perseguidos, pregados na cruz. Eles estavam lá esperando o cumprimento da promessa, em oração, juntos com Maria, e aí o Espírito Santo veio sobre eles, ungiu-os, encheu-os com o amor do Pai, encheu-os de força, de autoridade e de poder, e os carismas do Espírito Santo começaram a brotar dos seus lábios, do seus coração. E qual foi a primeira coisa que aconteceu depois disso? O foi? Pedro ficou de pé e começou a pregar, a evangelizar. Esta, atenção, é a primeira evangelização, podes dizer assim, pública após a marte e ressurreição do Senhor. Atenção! O que eu quero dizer com isso? Quem é batizado aqui? Quem fez Seminário de Vida no Espírito Santo e recebeu a efusão do Espírito, o batizo no Espírito? Atenção! O que foi que o Espírito Santo fez nos apóstolos, em Pedro? O Espírito Santo veio e logo inflamou o coração dos apóstolos par evangelizar, para anunciar Jesus, foi a primeira coisa que o Espírito Santo fez e por isso, minha irmã e meu irmão, se você tem o Espírito Santo, se você recebeu a efusão do Espírito Santo, se você é batizado no Espírito Santo este é um sinal indispensável para sua vida. Como o Espírito Santo levou Pedro a evangelizar, o Espírito Santo também levará você a evangelizar, e este é o segundo motivo para nós evangelizarmos, porque o Espírito Santo que está em nós, este Espírito Santo que é fogo, este Espírito Santo que é poder, Ele nos impulsiona a dar de graça o que de graça recebemos, Ele nos impulsiona a espalhar o amor de Deus ao nosso redor, Ele no impulsiona a falar de Jesus, eu diria até, para aquele que Deus vem usando, para aquele que vive no Espírito Santo, é inconsolável, você tem que evangelizar, você precisa evangelizar, dá um comichão se você não evangelizar. Aquele que tem o Espírito Santo tem o imperativo não só da voz de Jesus que diz: “Ide!” , mas aquele que tem o Espírito Santo tem essa voz dentro dele. Vai, vai, você precisa, tem a necessidade, como quem tem a necessidade de correr, como tem a necessidade de beber água. Aquele que tem o Espírito Santo tem a necessidade de dar, de comunicar, de levar Jesus àqueles que estão ao seu redor. E atenção! Se você não anda tendo estes comichões, e benditos comichões, se você não anda tendo estes desejos, se você não anda tendo este fervor e esta necessidade de evangelizar é porque, talvez, o Espírito Santo esteja sendo abafado na sua vida. Porque quando o Espírito Santo, entendamos a figura de linguagem, está solto dentro de nós, quando o Espírito Santo está agindo livremente em nós, então sentimos a necessidade, de dentro para fora, não só de fora para dentro, nós sentimos o desejo, nós sentimos o imperativo, a necessidade de evangelizar. Nós sentimos a necessidade, àqueles que chegam ao nosso redor, ao olharmos aqueles que sofrem, ao olharmos aqueles que necessitam, ao olharmos nossos familiares, ao olharmos a nossa família, nós precisamos pedir até o dom do discernimento senão terminamos fazendo besteiras, porque o Espírito Santo nos empurra para evangelizar. Então meu irmão e minha irmã, atenção, se você não está animado pela evangelização, cuidado, é sinal vermelho. Pare! Cuidado, porque talvez você não esteja deixando o Espírito Santo agir, porque se você está deixando o Espírito Santo agir, Ele estará como uma fonte murmurando, uma fonte gerando este desejo dentro de você para evangelizar, para se empenhar na evangelização, para criar novas formas, novas maneiras, novo empenho. O cristão conduzido pelo Espírito Santo é um inquieto, ele sempre está inquieto vendo uma forma para falar de Jesus, vendo uma forma de criar novas maneiras de anunciar Jesus, vendo uma forma de atingir aquele ou aquele outro, essa ou aquela situação, aquele ambiente em que estou, para criar uma forma para evangelizar, e este é o segundo motivo pelo qual nós devemos evangelizar, porque o Espírito Santo que habita em nós, dentro de nós, impulsiona-nos para testemunhar Jesus Cristo, impulsiona-nos para evangelizar. Agora o terceiro motivo. Primeiro porque Jesus nos ordenou, segundo porque o Espírito Santo nos impulsiona, terceiro porque, atenção, a Igreja nos envia. Veja bem. Não é só Jesus que nos envia, não é só o Espírito Santo que nos impulsiona, mas também a Igreja, o lugar onde floresce o Espírito, como diz o Papa João Paulo II. A Igreja onde nós somos filhos de Deus, a Igreja mãe e mestra, a Igreja também nos envia. Nós não estamos indo por conta própria, nós não estamos evangelizando somente porque queremos, mas porque a Igreja espera que nós evangelizemos, que nós cumpramos a ordem que o Senhor dela e nosso, Jesus Cristo, deu-nos. Ela espera e nos anima, e envia-nos a evangelizar. Prestem atenção em algumas coisas que eu vou ler para vocês. Eu vou ler, rápido, algumas coisas de documentos da Igreja nos enviando como cristãos, como filhos da Igreja, como católicos e nos dando o dever e a graça de evangelizar, porque evangelizar é uma graça, uma honra, antes de ser um dever, é uma honra nós participarmos do mistério da salvação do mundo. Você já pensou nisso? Preste atenção nisso: “Deus, diz um famoso teólogo, não precisou de nós para criar o mundo, mas não dispensará de nós para salvá-lo.” Para salvar o mundo Deus quis precisar de nós. Para nos criar Ele não precisou, mas para nos salvar, cada um de nós e os outros, Ele quis precisar de nós. E você imaginar que a salvação de muitos passa por mim, passa por você, passa por nós, de levarmos para as pessoas a graça, a infinita graça, a infinita boa nova que Deus as ama e que a salvação, a redenção, a vida eterna daquela pessoa, Deus quis que passasse por mim, por você, por nós, é uma honra, é uma graça e é um dever gravíssimo evangelizar. E é por isso que a Igreja como mãe e mestra nos diz na Encíclica do Papa Paulo VI: A apresentação da mensagem evangélica não é para a Igreja uma contribuição facultativa., ou seja, não é uma coisa que eu possa ou não fazer, não é uma coisa dispensável, é essencial. Se eu sou Igreja, se nós somos Igreja, para sermos Igreja, Igreja é essencial levarmos a mensagem evangélica, levarmos a salvação. Evangelizarmos é coisa essencial, não é opcional, não é facultativo, é um dever que lhe incumbi com o mandato do Senhor Jesus, continua o texto, afim de que os homens possam acreditar e ser salvos. Sim, continua o Papa, esta mensagem é necessária, ela é a única e não poderia ser substituída, atenção ao que agora o Papa vai dizer: Assim ela não admiti indiferença, ninguém pode ficar indiferente, como se não fosse para você este mandato de evangelizar, a Igreja não pode ficar diferente, eu, você não pode ficar indiferente, nós não podemos ficar indiferente. Ela não admiti, diz o Papa, indiferença, nem sincretismo, nem misturar as coisas. É necessário levar a verdade pura do Evangelho, nem acomodação, ela não admiti acomodação, viu acomodados? Aqueles que estão acomodados? Não admiti acomodação, continua, atenção para esta frase, é a salvação dos homens que está em causa, não é outra coisa não. Não é uma brincadeira não. Olhe o que Papa está nos dizendo, não é brincadeira não, é a salvação dos homens que está em causa, como a sua salvação esteve em causa, e atenção, e estará em causa se continuarem acomodados. O próprio Papa nesta passagem diz uma coisa interessante, ele diz: “Deus se utilizará de todos os meios para salvar os homens”, ele diz: “Mas a tua salvação poderá está comprometida se tu não te empenhares em ser instrumento de salvação dos homens.” É a salvação dos homens que esta em causa, é a beleza da revelação que ela representa. Depois ela comporta uma sabedoria que não é deste mundo. Ela é capaz por si mesma de suscitar a fé, uma fé que se apoia na potência de Deus. Esta mensagem do Evangelho em fim ela é a verdade. Atenção! Atenção! E o Papa diz: ‘Por isso, bem merece, que o apostolo... Quem é o apostolo? Quem é apostolo aqui, levante o braço. Todo mundo é apostolo, todo mundo é enviado para evangelizar. E quem não levantou devia ter levantado, da próxima vez levante! Porque todo o mundo é apostolo; se você é batizado, é enviado para evangelizar. Por isso,... atenção o que diz a Igreja! ‘Por isso, bem merece que o apostolo lhe consagre todo o seu tempo, toda as suas energia...’ e atenção! olha só o que o Papa nos diz: ‘... e lhe sacrifique, se for necessário, a sua própria vida.’ Evangelizar é algo tão importante, tão sério, tão valioso diante de Deus; que o apostolo, ele tem de esta pronto, se for necessário, de em nome da evangelização sacrificar até sua própria vida. Não foi isso que tantos mártires fizeram. São Francisco de Xavier, vocês conhecem a história dele, este homem incansável em evangelizar, que evangelizou a China, o Japão, as Índias. Que se deu tanto, se deu tanto que morreu de fraqueza, que morreu de cansaço; e quanto outros deram a vida como mártires, por testemunhar pela evangelização, anunciando o Evangelho e no sangue dele quantas coisas brotaram. Das nossas terras nos falamos pouco, mas no Ceará nos sabemos que dois Padres Jesuítas foram martirizados aqui, nas nossas terras, como início da nossa evangelização. Você hoje tem a fé, eu hoje tenho a fé, porque outros antes derramaram seu suor, derramaram suas lágrimas, derramaram seu sangue. No ano que vem a Santa Sé estará beatificando cerca de vinte e nove mártires aqui no Rio Grande do Norte, que em nome da fé morreram e não renegaram a fé. Então a Igreja nos mostra o tamanho da missão e a grandeza da missão. Ninguém é dispensado, até as crianças. Olha o que a Igreja nos diz, acho muito bonito isso: Atenção, famílias! “A formação para o apostolado deve iniciar se desde a primeira ocupação das crianças, de modo especial os adolescentes e jovens imbuindo-se deste espírito apostólico. É dever dos pais, da família dispõe para os filhos, desde da meninice a conhecerem o amor de Deus, para com os homens todos, e ensinarem-lhes pouco a pouco, sobre tudo dê-lhes exemplos. Atenção, pais! Se vocês evangelizam, seus filhos aprenderam a evangelizar. Se vocês são acomodados, – desculpe, não quero agredir, mas entenda o vou dizer! – preguiçoso, seu filho também será. É dever dos pais nas famílias disporem para os filhos, desde da meninice a conhecerem o amor de Deus, para com os homens todos, e ensinarem-lhes pouco a pouco, sobre tudo dê-lhes exemplos a solicitude pelas necessidades materias e espirituais do próximo. Por isso, atenção a família toda e sua vida em comum se transforma num estágio da ordem apostólica. Importa além disso, educar as crianças e ultrapassar as barreiras da família, e abrir o espírito as comunidades tanto eclesiástica, como temporais. Vejam para Igreja a evangelização é uma coisa tão importante, ela leva tão a sério o mandato de Jesus que diz até ... Atenção! Famílias eduquem os seus filhos para evangelizar, para não viverem centrado em si mesmo, mas para partir, para evangelizar, para si doarem. E os jovens, a Igreja também fala para eles, diz o Concílio Vaticano II “Aos leigos todos conjuram o Senhor, o Sacrossanto Concílio, a que respondam com amor, generosidade e prontidão a voz de Cristo, que nesta hora os convidam com mais insistência, e ao impulso do Espírito Santo. Para evangelizar, sintam os jovens, ... Atenção, os jovens! “Sintam os jovens, que este apelo é a eles especialmente dirigido, aceitando com ardor e magnenuidade. Pois é o próprio Senhor, que através deste Sacrossanto Concílio, torna a convidar todos os leigos a si unirem sempre mais intimamente com Ele e continuar a evangelizar. Vejam meu irmão, vejam minha irmã, é Jesus, é o Espírito Santo, é a Igreja que nos envia. Qual é o primeiro motivo pela qual nos devemos evangelizar? Porquê é? Porque Jesus ordenou. Segundo motivo: Porque o Espírito Santo nos impulsiona. Terceiro motivo: Porque a Igreja nos envia. Atenção! Ela nos envia, e é o Papa João Paulo II que continuamente esta gritando, esta falando sobre a Nova Evangelização. Nova nos seus meios, nova nos seus métodos, nova o seu ardor. Ele tem dito que este milênio, que agora começa, os leigos serão protagonista da nova evangelização. Agora, o quarto motivo: Porque o carisma que nos recebemos, o dom particular de sermos Shalom na Igreja. O carisma Shalom, ele também nos impulsiona, nos unge, nos leva a evangelizar. Nos estamos dentro da obra Shalom; e como obra Shalom, temos um carisma particular na Igreja, temos uma missão dentro da Igreja. Deus nos chamou para nós realizarmos esta missão na Igreja, não nos chamou para viver dizendo que é da obra, de grupo de oração,... e só isso. Deus nos chamou, nos tirou do pecado, curou nossas feridas, transformou nossas vidas, para junto com toda esta obra de Deus, nós cumprirmos uma missão na Igreja. E a nossa missão passa pela evangelização. É uma das dimensões do tripé, Contemplação, Unidade e Evangelização. Como obra Shalom, se cada cristão é chamado a evangelizar, como obra Shalom nos mais do que chamados, – isto faz parte da essência das nossas vidas – evangelizar. Se você é cristão, não evangeliza; muito menos Shalom. Se não arde no seu peito o desejo de evangelizar, se nós estamos neste mundo marcado pelo pecado, se nós estamos nesse mundo do jeito que ele esta. Meu Deus abramos os nossos olhos! Você não vive numa bolha, você vive neste mundo de hoje, marcado pelo pecado, desamor, egoísmo, divorcio, aborto, inimizade, indiferença, pela blasfêmia contra Deus, pelo sacrilégio, guerras, ódios, injustiça, miséria, pobreza. E você, nem eu, nem ninguém tem o direito de ficar parado. Você, nem eu, nem ninguém, e quanto mais se você for chamado dentro desta obra, quanto mais se você recebeu uma graça da conversão dentro desta obra. Você é chamado a testemunhar neste mundo ferido e doido pelo pecado. A testemunhar a salvação de graça que você recebeu. O carisma que Deus nos deu, o dom que Deus nos deu grita dentro de nós e nos impulsiona a evangelização. E tudo encontra sentido. Encontra sentido o9 testemunho pessoal que nós devemos dá, encontra sentido os contínuos eventos que precisam ser feitos. Meu Deus! Se você estivesse a pessoa mais querida dentro da UTI você não faria tudo para salvar esta pessoa, você não gastaria o que você tem e o que não tem. Você não estaria dia e noite no hospital, não estaria lá gastando. Não gastaria noites, entraria noite a dentro, perderia noites de sono. Faria o sacrifício que fosse necessário. Faria, eu sei que você faria. Pois meu irmão, minha irmã este mundo jaz. Este mundo que Deus ama, Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho Jesus Cristo. Este homem de hoje jaz, são milhões, de mulheres, de homens, de jovens de famílias que jazem na UTO da salvação. Que estão sob um fio, e nos que tivemos a misericórdia e a graça de Deus de conhecermos a Jesus Cristo. E até mesmo nos imbuídos do sentimentos de Cristo e assim empenhamos toda a nossa vida, o que temos e o que não temos. Nos sacrificamos perdemos noite de sono, não temos tempo para mais nada. Bendito seja Deus! Mas, que este mundo possa ser menos cristianizado, que este mundo possa ser mais salvo. Porque um povo, um povo, um pequeno povo esta procurando fazer a sua parte na missão que Jesus lhes deu. Esta empenhando sua vida, os seus bens espirituais e materiais, os seus talentos esta investindo economicamente na evangelização, esta partilhando, esta perdendo noites de sono, não tem nem mais folga no meio da semana. Mas, Bendito seja Deus, porque o homem amado de Deus, a mulher amada de Deus, o filho amado de Deus esta na UTI pela droga, divórcio, aborto, indiferença, depressão, ..., esta lá. E nós somos chamados como família de Deus empenharmos todo o nosso ser nesta evangelização, na salvação deste homem, por isso se entende de Renascer, se entende de Halleluya, de Dia da Juventude, Dia da Família, Acampamento, Fórum, Congresso, Feira, Programa de TV, revista e o que mais vai ser inventado. E que seja muita coisa ainda mais inventada, e que tenhamos muito mais criatividade e empenho, para anunciarmos o Evangelho ao homem de hoje. E por isso, o Senhor nos ajude a empenharmos a nossa vida nesta direção, por meio da nossa oração, do nossa tempo, dos nossos dons pessoais, criatividade, bens de todo o nosso ser; em perdermos a nossa vida, empenharmos a nossa para ganharmos e com ela ganharmos o homem de hoje. E o quinto motivo? Apressarmos a vinda do Senhor. E assim apressarmos a sua volta, aonde Deus será tudo em todos, aonde Ele enxugará nossas lágrimas, aonde Ele olhará para aqueles que não for um acomodado, para aqueles que não forem indiferentes, os que não se omitirem. Ele olhará e dirá vida bendito de meu Pai, porque tu foste fiel no pouco e farei, eu te darei o muito, entra no gozo do teu Senhor. Que o Senhor nos dê este graça neste Advento, de motivados, revigorados pelo dom da evangelização nós testemunharmos o seu dom até os confins da terra. Amém! Que Maria, Estrela da Evangelização nos ajude.